quinta-feira, 30 de junho de 2011

Universidade Federal no Sertão sergipano, sonhos e esperança

Universidade Federal no Sertão sergipano, sonhos e esperança

Autor: Bruno José Balbino Santos

Já se passou o tempo em que ensino superior no Brasil fosse para grandes centros urbanos e com alto nível de desenvolvimento. Depois de algumas políticas estruturantes como a expansão das universidades públicas e dos institutos tecnológicos os brasileiros estão tendo mais acesso a esse nível de formação. Embora muitos jovens ainda vivam na expectativa de um dia ingressar em uma universidade pública e gratuita, mas que garanta qualidade estrutural e de ensino.
Em um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA em 2009 ficou claro a quantidade de jovens fora da universidade em algumas regiões no Brasil. Esse mesmo estudo demonstra a centralização do ensino superior no Brasil, onde o norte e o nordeste sofrem com falta de investimentos na área, enquanto o Sul e o Sudeste concentram juntos 55% das universidades públicas e com investimentos em áreas de pesquisa avançada, ao mesmo tempo em que o Nordeste e o norte dividem 22% dos centros de ensino superior e o centro oeste com 23%. Segundo o mesmo instituto esses números representam um avanço em consequência dos investimentos das últimas décadas.
No nordeste brasileiro alguns estados tiveram uma política de expansão da universidade federal. Sergipe foi um dos poucos estados do nordeste que teve um avanço considerável no projeto de expansão da universidade federal. Mas algumas regiões do estado ainda sofrem pela ausência de uma universidade pública em sua região.
Seguindo o exemplo do País, o estado passou a centralizar o ensino superior em grandes centros econômicos do estado próximos a capital, e contribuiu para o adiamento de muitos jovens sertanejos que almejam cursar o ensino superior em uma universidade pública sem que saia de sua região, e muitas vezes por falta de condições financeiras da família. A região do sertão sergipano é considerada a mais pobre do estado, e onde o poder público não se faz tão presente, em alguns anos a região tem se superado nos índices de desenvolvimento econômico. O grande problema desse desenvolvimento é a juventude local que não consegue acompanhar esse avanço por falta de uma formação necessária.
De acordo com Fabio Andrei, representante do coletivo de Juventude do Alto Sertão Sergipano, a região sertaneja assiste a saída da sua juventude para grandes centros urbanos do estado e até para outros estados, em busca de se realizar profissionalmente e de concluir o ensino superior. Ao tempo que famílias que não tem condições reais de manter seus filhos na capital ou em outra cidade distante, matem-se somente no desejo de ver seus filhos diplomados. Esse é o sonho de famílias sertanejas, a esperar uma resposta contundente dos gestores para a garantia do direito a educação e a dignidade humana.
A juventude sertaneja tem se organizado para cobrar esse direito. O primeiro espaço criado de organização foi o Coletivo de juventude do campo e da cidade para lutar por várias bandeiras da juventude local, umas das principais bandeiras é a conquista de um campus da Universidade federal de Sergipe no município de Nossa Senhora da Glória.
Em 2004 havia um recurso para a construção de dois campus universitário em Sergipe, como parte da proposta de expansão da instituição federal de ensino superior no estado. A região sertaneja que é a mais distante da capital entrou na disputa pela conquista desse campus e o município escolhido pela população sertaneja para a instalação do mesmo foi o de Nossa Senhora da Glória. Com uma aprovação incondicional, considerando a distancia da capital e a demanda da juventude sertaneja o campus foi aprovado para ser construído no município sertanejo de Glória. Algumas autoridades e políticos do estado começaram a questionar o governo pala decisão da implantação do campus em terras sertanejas, os argumentos eram que é uma região distante para locomoção dos profissionais já que a região não possuía cidadãos gabaritados, a estrutura econômica e arquitetônica da cidade de Nossa Senhora da Glória não suportaria um campus e o principal argumento dos políticos contra o campus sertanejo era de que a demanda era baixa para a implantação, considerando que esses jovens possam ir até o município de Itabaiana cursar a sua faculdade.
Estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística, em 2009, mostram a região com uma demanda grande de jovens que saem do ensino médio e ficam sem a perspectiva de ingressar e concluir o seu curso superior. Segundo o mesmo estudo alguns desses jovens acabam ficando nas mãos de políticos locais e outros se envolvem no tráfico de drogas. A troca de favores, por conta da falta de emprego e mão de obra qualificada nos municípios sertanejos é uma das principais causas que demanda um vinculo do jovem com o político. Em algumas regiões o uso dos currais eleitorais são frenquentes com famílias de baixa renda. 
 O sertão convive com a falta de profissionais da própria região, isso nas mais diversas áreas, a região exporta jovens para se graduar em grandes centros urbanos e contrata jovens de outras regiões para virem trabalhar. O êxodo para alguns ao deixar suas famílias e seus amigos para seguir um caminho que garanta o seu futuro e possa ajudar a sua família. Para outros resta apenas o sonho de poder um dia cursar uma universidade pública.
Esses jovens sonhadores que lutam pela libertação ideológica no conhecimento de mundo e de sociedade, são apenas para alguns chefes ou deputados, cidadãos que o trator estatal esmagou com o único e objetivo propósito de agradar os grandes centros urbanos do nosso estado e conseguir uma moeda de troca com a população local desses municípios de economia grande e que detén parte considerável do eleitorado do estado.
A garotada do sertão está no caminho certo, na busca pelo seu direito de cidadão e de garantia de uma educação gratuita e contextualizada em que o jovem não necessite sair de sua região para poder cursar o ensino superior tão almejado. O avanço da democracia deve ser prioritário como uma proposta efetiva de garantia de uma universidade pública e de qualidade para todos os cidadãos. Por isso podemos dizer sem medo de errar que “A juventude sertaneja também tem direito a universidade pública”.   

Universidade Federal no Sertão sergipano, sonhos e esperança

Universidade Federal no Sertão sergipano, sonhos e esperança

Autor: Bruno José Balbino Santos

Já se passou o tempo em que ensino superior no Brasil fosse para grandes centros urbanos e com alto nível de desenvolvimento. Depois de algumas políticas estruturantes como a expansão das universidades públicas e dos institutos tecnológicos os brasileiros estão tendo mais acesso a esse nível de formação. Embora muitos jovens ainda vivam na expectativa de um dia ingressar em uma universidade pública e gratuita, mas que garanta qualidade estrutural e de ensino.
Em um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA em 2009 ficou claro a quantidade de jovens fora da universidade em algumas regiões no Brasil. Esse mesmo estudo demonstra a centralização do ensino superior no Brasil, onde o norte e o nordeste sofrem com falta de investimentos na área, enquanto o Sul e o Sudeste concentram juntos 55% das universidades públicas e com investimentos em áreas de pesquisa avançada, ao mesmo tempo em que o Nordeste e o norte dividem 22% dos centros de ensino superior e o centro oeste com 23%. Segundo o mesmo instituto esses números representam um avanço em consequência dos investimentos das últimas décadas.
No nordeste brasileiro alguns estados tiveram uma política de expansão da universidade federal. Sergipe foi um dos poucos estados do nordeste que teve um avanço considerável no projeto de expansão da universidade federal. Mas algumas regiões do estado ainda sofrem pela ausência de uma universidade pública em sua região.
Seguindo o exemplo do País, o estado passou a centralizar o ensino superior em grandes centros econômicos do estado próximos a capital, e contribuiu para o adiamento de muitos jovens sertanejos que almejam cursar o ensino superior em uma universidade pública sem que saia de sua região, e muitas vezes por falta de condições financeiras da família. A região do sertão sergipano é considerada a mais pobre do estado, e onde o poder público não se faz tão presente, em alguns anos a região tem se superado nos índices de desenvolvimento econômico. O grande problema desse desenvolvimento é a juventude local que não consegue acompanhar esse avanço por falta de uma formação necessária.
De acordo com Fabio Andrei, representante do coletivo de Juventude do Alto Sertão Sergipano, a região sertaneja assiste a saída da sua juventude para grandes centros urbanos do estado e até para outros estados, em busca de se realizar profissionalmente e de concluir o ensino superior. Ao tempo que famílias que não tem condições reais de manter seus filhos na capital ou em outra cidade distante, matem-se somente no desejo de ver seus filhos diplomados. Esse é o sonho de famílias sertanejas, a esperar uma resposta contundente dos gestores para a garantia do direito a educação e a dignidade humana.
A juventude sertaneja tem se organizado para cobrar esse direito. O primeiro espaço criado de organização foi o Coletivo de juventude do campo e da cidade para lutar por várias bandeiras da juventude local, umas das principais bandeiras é a conquista de um campus da Universidade federal de Sergipe no município de Nossa Senhora da Glória.
Em 2004 havia um recurso para a construção de dois campus universitário em Sergipe, como parte da proposta de expansão da instituição federal de ensino superior no estado. A região sertaneja que é a mais distante da capital entrou na disputa pela conquista desse campus e o município escolhido pela população sertaneja para a instalação do mesmo foi o de Nossa Senhora da Glória. Com uma aprovação incondicional, considerando a distancia da capital e a demanda da juventude sertaneja o campus foi aprovado para ser construído no município sertanejo de Glória. Algumas autoridades e políticos do estado começaram a questionar o governo pala decisão da implantação do campus em terras sertanejas, os argumentos eram que é uma região distante para locomoção dos profissionais já que a região não possuía cidadãos gabaritados, a estrutura econômica e arquitetônica da cidade de Nossa Senhora da Glória não suportaria um campus e o principal argumento dos políticos contra o campus sertanejo era de que a demanda era baixa para a implantação, considerando que esses jovens possam ir até o município de Itabaiana cursar a sua faculdade.
Estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística, em 2009, mostram a região com uma demanda grande de jovens que saem do ensino médio e ficam sem a perspectiva de ingressar e concluir o seu curso superior. Segundo o mesmo estudo alguns desses jovens acabam ficando nas mãos de políticos locais e outros se envolvem no tráfico de drogas. A troca de favores, por conta da falta de emprego e mão de obra qualificada nos municípios sertanejos é uma das principais causas que demanda um vinculo do jovem com o político. Em algumas regiões o uso dos currais eleitorais são frenquentes com famílias de baixa renda. 
 O sertão convive com a falta de profissionais da própria região, isso nas mais diversas áreas, a região exporta jovens para se graduar em grandes centros urbanos e contrata jovens de outras regiões para virem trabalhar. O êxodo para alguns ao deixar suas famílias e seus amigos para seguir um caminho que garanta o seu futuro e possa ajudar a sua família. Para outros resta apenas o sonho de poder um dia cursar uma universidade pública.
Esses jovens sonhadores que lutam pela libertação ideológica no conhecimento de mundo e de sociedade, são apenas para alguns chefes ou deputados, cidadãos que o trator estatal esmagou com o único e objetivo propósito de agradar os grandes centros urbanos do nosso estado e conseguir uma moeda de troca com a população local desses municípios de economia grande e que detén parte considerável do eleitorado do estado.
A garotada do sertão está no caminho certo, na busca pelo seu direito de cidadão e de garantia de uma educação gratuita e contextualizada em que o jovem não necessite sair de sua região para poder cursar o ensino superior tão almejado. O avanço da democracia deve ser prioritário como uma proposta efetiva de garantia de uma universidade pública e de qualidade para todos os cidadãos. Por isso podemos dizer sem medo de errar que “A juventude sertaneja também tem direito a universidade pública”.   

quarta-feira, 29 de junho de 2011

UFS EM TERRAS SERTANEJAS: UM SONHO QUE SE PROLONGA

UFS - Universidade Federal de Sergipe em Terras Sertanejas: Um sonho que se prolonga!

 O Território do Alto Sertão Sergipano é o maior em dimensão territorial de Sergipe, ocupa 23% de toda superfície do estado. Segundo dados oficiais do IBGE, sua população é de 137.926 habitantes. Tem o menor índice de desenvolvimento humano do estado (0.575). É ainda o território que possui o 2º maior PIB (Produto Interno Bruto) do estado que corresponde a 11%. Este território é possuidor do maior rebanho bovino, sendo responsável por 46% da produção de leite do estado. Aqui se encontra a 2º maior produção de milho e feijão do estado. O Território possui ainda um grandioso e diversificado acervo cultural e turísticos.
           Há no Alto Sertão Sergipano uma forte atuação de sujeitos sociais: existência de comunidades quilombolas e indígena; grupos produtivos de mulheres; agricultura camponesa; atuação do coletivo de juventude do campo e da cidade; forte presença organizações e movimentos sociais; grupos culturais; Colegiado Territorial consolidado.
           É neste chão e neste contexto que nasce em 2003 a luta pela implantação imediata do campus da UFS que se fundamenta neste contexto, na realidade do sertão e na necessidade de cada vez mais assegurarmos o direito ao acesso a uma educação publica e de qualidade, baseada no ensino, na pesquisa e na extensão, que objetive o  desenvolvimento local na perspectiva cultural, política, social, ambiental e econômica.
            Para nós, olhar a juventude do Alto Sertão Sergipano é também olhar para os desafios e sonhos que estão presentes na história e na vida do povo sergipano. Assim como em outras regiões o alto sertão sergipano possui diversas características que o diferencia dos demais territórios. Fatores como a escassez de chuvas, a falta da efetivação de políticas públicas e a desigualdade social, apresentam-se como desafios que condenam à juventude a ociosidade, ao subemprego e a não continuidade dos estudos. Poucos ainda conseguem se deslocar para a capital para continuar os estudos, porem com alto custo de sacrifício, principalmente financeiro por parte de suas famílias. Agregado a este, diversos outros, entre eles o distanciamento de suas origens.
            É este contexto que faz com que o território do Alto Sertão (seus sujeitos sociais) se mobilizassem mais uma vez lutando pela implantação imediata de um campus da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE em terras sertanejas tendo em vista que a mesmo vai contribuir significativamente para seu o desenvolvimento. Apesar do Sertão está incluído no projeto de expansão da Universidade, este ainda não nos contemplou, assim percebemos a necessidade de reforçar a nossa luta, por isso muitos momentos foram realizados: abaixo assinados; ato na UFS/São Cristovão; audiências publica, inclusive com Assembléia Legislativa; entre outros, logos processos de sensibilização e de debates sobre esta luta com a juventude do Sertão.   
     Assim, buscamos dar continuidade ao processo de luta, para tanto, estamos mobilizados para realizar uma Grande Marcha no dia 11 de Agosto no Sertão em Poço Redondo saída do Assentamento Queimada Grande com destino a cidade de Poço Redondo.Marcha está que representará nossa reividicação pela UFS NO SERTÃO JÁ Convidamos você a se somar nessa luta! Participe da Marcha